O suspeito identificado nesta quinta-feira (18/06) pelo ataque a uma igreja frequentada pela comunidade negra de Charleston, EUA, aparece em uma foto de seu perfil de Facebook vestindo um casaco de duas bandeiras de governos racistas em países africanos no século 20.
Reprodução/Facebook
Foto de Dylann Roof, suspeito de ter atacado com arma de fogo uma igreja na Carolina do Sul
As duas bandeiras foram bordadas no lado esquerdo da jaqueta preta de Dylann Roof. A superior, de cores vermelha, branca e azul, representa o símbolo do governo segregacionista da África do Sul que durou de 1928 até 1994, com a vitória de Nelson Mandela nas eleições, marcando o fim do apartheid.
Já o segundo bordado, com listras verdes e branca, representa a bandeira da Rodésia, região atualmente conhecida como Zimbábue que entre 1965 e 1979 foi espaço de uma administração de tendência racista liderada por uma minoria de colonos brancos que declaram independência do Reino Unido no local.
NULL
NULL
Branco e loiro, Roof entrou armado na quarta-feira (17/06) em um culto religioso na Igreja Africana Metodista Episcopal Emmanuel, na cidade situada no estado da Carolina do Sul. O ataque deixou ao menos nove mortos, entre eles, o senador estadual democrata Clementa Pinckney.
O atirador, de 21 anos, ainda está sendo procurado pelas forças de segurança norte-americana com ajuda de cães farejadores. Após o massacre, o FBI abriu uma investigação sobre “crime de ódio”.
No Twitter, a pré-candidata democrata Hillary Clinton, que participou ontem de um ato eleitoral em Charleston, prestou condolências.”Notícias terríveis de Charleston. Meus pensamentos e minhas orações estão com vocês”.