Líderes de Rússia, Ucrânia, França e Alemanha estão reunidos nesta quarta-feira (11/02) em Minsk, no Belarus, para discutir uma saída para o conflito no leste ucraniano, onde manifestantes armados se opõem à política desenvolvida por Kiev. Enquanto sentavam-se à mesa para debater a crise, o leste da Ucrânia viveu um dos dias mais violentos da semana, com mais de cem mortos, de acordo com fontes oficiais locais.
O aperto de mão entre Putin e Poroshenko no início da cúpula chamou a atenção da imprensa mundial
Chamado de “O Quarteto da Normandia”,o francês Francois Hollande, a alemã Angela Merkel, o russo Vladimir Putin e o ucraniano Petro Poroshenko, tentam fechar um acordo para acabar com o conflito que já provocou a morte de mais de 5.400 pessoas, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas).
De acordo com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, já foram alcançados “progressos notáveis” nas negociações do chamado Grupo de Contato, formado por representantes de Donetsk e Lugansk, além da Rússia, Ucrânia e OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação da Europa).
Caso o processo diplomático não tenha sucesso, poderá haver um recrudescimento dos embates. Ontem, Poroshenko afirmou que está preparado para instaurar a lei marcial caso não haja diminuição da violência não diminuir e não seja possível alcançar um “acordo satisfatório” em Minsk.
Agência Efe
Quarteto da Normândia: Putin, Merkel, Holande e Poroshenko
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Os Estados Unidos já sinalizaram disposição de enviar armamento à Ucrânia para que o país se defenda da “ameaça russa”. A Europa teme que este cenário possa desencadear uma guerra aberta na Ucrânia, tendo como atores os maiores rivais dos tempos da Guerra Fria.
De acordo com a agência Reuters, a escalada dos embates nas 24 horas que antecederam a reunião pode ser entendido como uma estratégia para forçar Kiev a aceitar o acordo e reconhecer o avanço dos manifestantes.
Conflitos
Em meio às negociações, um bombardeio de artilharia atingiu um hospital em Donetsk nesta quarta (11/02), deixando um morto e oito feridos, como informou a agência de notícias locais Dan.
Agência Efe
Terminal de ônibus após ataque nesta quarta
Um terminal de ônibus também foi atingido, assim como a entrada de uma fábrica metalúrgica, de acodo com autoridades locais, provocando a morte de seis civis. O comunicado oficial da prefeitura local atribuiu o ataque a um “grupo de explosão e sabotagem” das forças leais a Kiev.
Além disso, 19 militares de Kiev morreram e outros 78 ficaram feridos em combates com os manifestantes. A ofensiva militar disse que nas últimas 24 horas, 87 milicianos foram mortos e 42 presos.