O líder da Líbia, Muamar Kadafi, afirmou nesta quarta-feira (24/08), em nova mensagem de áudio divulgada por uma rádio e retransmitida pela emissora TV Al-Rai, do Kuwait, que a população de Trípoli deve limpar das ruas da capital do país os traidores rebeldes. Ontem (22/08), o coronel disse que o fato de ter abandonado seu
quartel-general — ocupado pelos rebeldes — foi apenas “uma retirada tática”.
“Todos os líbios devem estar presentes em Trípoli. Jovens, homens e mulheres tribais devem varrer Trípoli e limpá-la dos traidores”, afirmou em mensagem hoje. “Os jovens de Tayura, Souk el Juma e os comitês revolucionários, todos devem lutar contra os traidores, é seu dever. Kadafi revelou que chegou a sair de seu esconderijo e circulou pela cidade incógnito. “Tenho saído um pouco em Trípoli discretamente, sem ser visto, e não senti que a cidade está em perigo”, acrescentou.
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Em seu discurso, de aproximadamente sete minutos, Kadafi também disse que os rebeldes se esconderam entre as famílias da capital e ocuparam prédios civis, o que, segundo ele, obrigou as forças do regime a evitar o combate. “O Exército não pode destruir os edifícios e as casas”.
Resistência
O porta-voz do governo, Moussa Ibrahim, ouvido pela agência de notícias Reuters disse que as tropas de Kadafi podem resistir por meses ainda e garantiu que os líderes rebeldes não terão paz se realmente forem para Trípoli. Segundo Ibrahim, 6,5 mil voluntários se apresentaram na capital nas últimas seis horas e 80% da cidade ainda estaria sob controle de Kadafi. Ibrahim também atacou os rebeldes, ameaçando transformar o país “num vulcão em ebulição e incendiar os pés dos invasores”.
Ainda segundo Ibrahim, Kadafi deixou sua o quartel-general porque o
local não tinha mais valor militar e estratégico. Segundo ele, as forças
leais ao coronel podem “transformar a Líbia e um vulcão” para afastar
os invasores. A localização de Kadafi, seus familiares e aliados
permanece indeterminada, o que impede seus adversários de declarar
vitória na guerra civil que dividiu o país norte-africano depois de
março deste ano.
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