A empresa Costa Cruzeiros, proprietária do navio de cruzeiro Costa Concordia, admitiu neste domingo (15/01) que o comandante Francesco Schettino “cometeu erros de julgamento” e “não observou os procedimentos” para situações de emergência. A embarcação naufragou na costa italiana, próxima à ilha de Giglio na sexta-feira, em acidente que matou cinco pessoas e deixou um número ainda indeterminado de desaparecidos.
Efe
O comandante Francesco Schettino sendo levado para interrogatório
“A justiça, com a qual a Costa Cruzeiros colabora, determinou a prisão do comandante, contra quem pesam graves acusações”, destacou a companhia, segundo informações da agência de notícias France Presse.
Segundo a empresa, “parece que o comandante cometeu erros de julgamento que tiveram graves consequências” e que “suas decisões na gestão da emergência ignoraram os procedimentos da Costa Cruzeiros, que seguem as normas internacionais”.
Schettino foi detido no sábado para interrogatório. Ele é acusado de homicídio culposo (quando não há intenção) múltiplo, de ter provocado um naufrágio e de ter abandonado o navio quando ainda havia várias pessoas a serem salvas – acusação que ele nega.
O procurador da região de Grosseto, Francesco Verusio, que investiga o caso, alega que o capitão realizou uma manobra “malfeita” ao se aproximar excessivamente da ilha. Teria ainda falhado em lançar um alerta de socorro.
No comunicado, a Costa Cruzeiro destaca que Schettino, que entrou na companhia em 2002, como responsável de segurança, foi promovido a comandante em 2006, após concluir com sucesso todos os cursos de formação.
A companhia afirma ainda que os membros da tripulação “realizam exercícios de evacuação a cada duas semanas” e que os “passageiros participam igualmente de um exercício” de abandono de navio logo após o embarque.
Os mortos confirmados até o momento são um tripulante peruano, dois turistas franceses, um italiano e um espanhol.
(*) com agências internacionais.
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