O Equador instalará mais quatro destacamentos na região da fronteira com a Colômbia, onde mantém cerca de sete mil soldados devido ao conflito interno do país vizinho, informou o ministro de Defesa equatoriano, Javier Ponce.
“No momento contamos com sete mil militares na zona. Não serão implantadas mais pessoas, mas serão colocados quatro novos destacamentos na fronteira norte”, detalhou o titular, afirmando que a presença dos homens na área custa ao governo 100 milhões de dólares por ano.
Ele acrescentou que o Equador executa um projeto para melhorar as unidades e as condições de vida dos soldados, e lembrou que trabalha com a Colômbia na reinstalação da Comissão Binacional de Fronteira (Combifron) para compartilhar informações.
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O organismo foi suspenso depois que o país de Rafael Correa rompeu os vínculos diplomáticos com o governo de Álvaro Uribe (2002-2010), depois do ataque de 1º de março de 2008 contra um acampamento das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território equatoriano. Recentemente, ambos lados começaram a restabelecer os laços.
Ponce manifestou que as autoridades de Quito insistirão no âmbito da Combifron para que a nação vizinha tenha uma presença militar maior na linha da fronteira compartilhada.
“A argumentação da Colômbia é que eles têm outro tipo de estratégia para essa região. No entanto, o Equador considera que esse trabalho não é suficiente”, explicou o ministro, em uma entrevista publicada hoje pela imprensa local.
Após a ação de março de 2008, o Equador passou a fortalecer sua capacidade militar com a compra de 18 aviões Super Tucano produzidos pela empresa brasileira Embraer, além de helicópteros da Rússia e da Índia, e quatro radares de tecnologia chinesa.
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