Três semanas após uma série de intensas manifestações contra o governo de Mariano Rajoy, novos protestos começam a ser organizados para os próximos dias, quando o orçamento de 2013 será votado na Espanha.
O ápice das novas manifestações deve ocorrer na próxima terça-feira (23/10), quando milhares de espanhóis pretendem “rodear o Parlamento local”.
“A cada quatro euros, um é destinado para o pagamento da dívida ilegítima, que é colocado como prioridade em relação a qualquer outro gasto social. O orçamento e a sua votação exemplificam o processo movido pelos verdadeiros donos do país: bancos, grandes milionários e poderes financeiros”, afirmam os organizadores dos protestos.
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A convocação dos eventos foi cercada de cuidados, pois oito pessoas foram processadas como responsáveis pelos protestos do final de setembro.
Agência Efe
Em setembro, diversos conflitos foram registrados com a polícia, que prendeu mais de cem pessoas
Enquanto novos protestos contra o planejamento econômico de Rajoy são organizados, o Sindicato de Estudantes da Espanha começou hoje, respaldado pela Confederação Espanhola de Associações de Pais e Mães de Aluno, uma greve de três dias.
Dois milhões de estudantes foram convocados a aderir ao movimento, que faz críticas contra o aumento das taxas nas universidades, o corte de três bilhões de euros e a demissão de milhares de professores.
Outras iniciativas
Em meio à crise econômica europeia, a Cruz Vermelha organizou uma campanha de arrecadação de fundos para atender 300 mil espanhóis em condição de “extrema vulnerabilidade”. O vídeo da iniciativa pode ser visto aqui.
É a primeira vez que a organização realiza um movimento para ajudar um país considerado desenvolvido.
Além das manifestações relacionadas a economia e educação, o governo de Rajoy também enfrenta a intensificação da busca por soberania de diversas comunidades, como a basca e a catalã.