Após a retomada de diálogo com o governo na manha deste sábado (03/09), os estudantes chilenos decidiram que as mobilizações em prol da educação serão mantidas até que todas as demandas apresentadas sejam atendidas, conforme informaram os meios de comunicação locais.
Segundo a presidente da CONFECH (Confederação dos Estudantes do Chile) – órgão recém criado para congregar as diversas federações estudantis -, Camila Vallejo, se mostrou satisfeita com a reunião deste sábado, mas disse que ainda há muito para ser negociado. “Houve muito avanço e isso é importante pontuar”, disse em declarações a imprensa ao sair do palácio La Moneda.
No encontro estiveram presentes o presidente do país, Sebastián Piñera , o ministro da Educação, Felipe Bulnes, chefes de gabinetes e autoridades do ministério.
Leia mais:
Estudantes chilenos 'independentes' invadem Ministério da Educação
Galeria de imagens: Camila Vallejo participa de marcha estudantil em Brasília
Presidente do Chile defendeu educação superior gratuita quando liderava oposição
Governo chileno adia reunião com líderes estudantis para sábado
Na próxima segunda-feira (05/09), Bulnes entregará formalmente uma nova propostas de mudanças educacionais, entretanto, Vallejo já adiantou que até lá as manifestações serão mantidas. “Nós nunca condicionamos as mobilizações ao diálogo. Evidentemente agora temos que discutir nossa futura data de protestos˜, afirmou.
O próximo passo, segundo a líder estudantil, será apresentar os avanços da reunião para a CONFECH, o que também será feito na segunda-feira. “Existe sim a vontade de avançar, isso já está claro por parte dos atores [políticos], agora são nossos companheiros que têm que tomar as decisões”, explicou.
O ministro da Educação, por sua vez, classificou o encontro como “uma etapa positiva e franca para que na segunda-feira comecem a construir acordos que finalmente nos levem a destravar este conflito”.
Segundo Bulnes, o governo está otimista com as próximas ações que acontecerão em conjunto com os estudantes. “Estamos convictos que as alternativas de acordo são ainda mais amplas do que se espera”, acrescentou.
Para ele, o gobernó de Piñera tem mostrado “vontade e disponibilidade” para incrementar os investimentos no setor educativo e percebe cada vez mais que compartilham ëm grande quantidade de pontos as mesmas visões do que os estudantes”.
“Estamos buscando una educação de melero qualidade e de forma definitiva. Estamos convencidos de que vamos chagra a um acordo”, concluiu.
Há mais de três meses, o movimento estudantil chileno vem fazendo protestos para exigir um sistema educacionais melhor e mais inclusivo.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL