Os estudantes asiáticos, especialmente os de Xangai (China), tiveram os melhores resultados do mundo em matemática, leitura e ciências, de acordo com os resultados do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa) 2012, divulgados nesta terça (13/12). Foram analisados 510 mil alunos de 15 anos em 65 países e o foco desta edição foram os conhecimentos matemáticos.
[Ranking de matemática do Pisa 2012 – clique aqui para ver as outras tabelas]
O relatório apontou Brasil, Chile, Alemanha, Israel, Itália, Polônia, Portugal, Tunísia e Turquia como os países que mostraram melhoria no período analisado. Nas primeiras colocações, ficaram Xangai (a China não participa com todos os alunos do processo), com 613 pontos, 119 pontos acima da média Pisa, de 494.
Em sequência, vêm Cingapura (573 pontos), Hong Kong (China, 561), Taiwan (China, 560), Coreia do Sul (554), Macau (China, 538) e Japão (536). O primeiro país europeu na lista é Liechtenstein (535). Os países da América Latina, assim como na última edição, em 2010, ainda ocupam o fim da tabela: Chile (51º lugar), México (53º), Uruguai (55º), Brasil (58º), Argentina (59º) o Peru, que está em último lugar.
Para o relatório, os alunos foram submetidos a avaliações nas quais tinham que resolver problemas e observar se eram capazes de aplicar seus conhecimentos em situações da vida diária.
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A China só participa com algumas regiões por não haver dados disponíveis para o resto do país. A expectativa da OCDE é que o esse problema seja resolvido na próxima edição do Pisa, em 2014.
O que significa
Segundo Andreas Schleicher, assessor especial do secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, o Pisa ajuda a medir “o que sabem os estudantes e o que podem fazer com seus conhecimentos” e admitiu que “as comparações internacionais não são sempre fáceis e não são perfeitas”.
No entanto, o assessor lembrou que o documento ajuda aos países a conhecerem os progressos conseguidos em outras nações e a preparar as crianças para um “futuro com sucesso”.
Segundo o relatório, os países com a melhor pontuação põem ênfase na seleção dos professores, os incentivam a trabalhar juntos e não dão tanta importância ao número de alunos em cada classe, enquanto facilitam autonomia aos docentes. Além disso, os estudantes cujos pais têm grandes expectativas para seu futuro costumam ter melhor rendimento, se sentem mais seguros e motivados na turma.
Outro aspecto avaliado é a diferença de gênero, com a conclusão de que os meninos mostraram mais habilidade para resolver problemas matemáticos do que as meninas, que foram melhores em leitura, enquanto não houve diferença no caso de ciências.
(*) Com Efe