A Cones (Coordenação Nacional de Estudantes do Ensino Médio do Chile) aceitou dialogar com o governo, mas exigiu que o debate seja feito sobre suas demandas estudantis, como ensino gratuito e de qualidade, e não sobre a proposta elaborada pela gestão do presidente Sebastián Piñera nas últimas semanas.
“Nós vamos colocar estas garantias, vamos colocar estes parâmetros, e, com base nisso, vamos dialogar com eles”, declarou o porta-voz da organização, Freddy Fuentes, após um encontro do Cones que durou mais de 24 horas na cidade de Copiapó, a cerca de 800 quilômetros da capital.
Segundo Fuentes, os representantes estudantis da entidade sempre estiveram dispostos a debater suas demandas. “Queremos conversar com os diferentes atores [sociais] que estejam dispostos a falar com a gente”, concluiu.
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O acordo difere da determinação estabelecida pelo setor universitário no último sábado, que rechaçou a proposta do Congresso, ainda que ambas entidades tenham ratificado as mobilizações e convocado uma greve para a próxima quinta-feira.
“Nós continuaremos em parceria com eles, isso não significa que o movimento [estudantil] esteja dividido, pelo contrário, quando chegarmos a Santiago, conversaremos com eles. Isto não é uma divisão”, enfatizou o porta-voz.
A Cones ainda revelou que deve mandar uma contra-proposta ao ministro de Educação, Felipe Bulnes, após ter rechaçado o documento que prevê um pacote com 21 medidas de reformas entregue pelo governo recentemente.
Segundo os estudantes do ensino médio, a proposta governamental “não trata de temas fundamentais”, como o fim do lucro no ensino chileno.
Eles ainda pediram que a população mantenha seu apoio à causa estudantil por meio dos “panelaços”, que foram feitos durante toda a última semana em mais de 20 regiões chilenas.
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