O Departamento de Defesa dos Estados Unidos apresentou nesta quarta-feira (02/03) 22 acusações adicionais contra Bradley Manning, o soldado acusado de ser a principal fonte do Wikileaks de documentos diplomáticos, informou a rede NBC.
A mais séria das acusações, a de “ajudar o inimigo” usando uniforme militar norte-americano, ajuda como sentença para pena de morte, mas a equipe legal do Exército informou que não recomendará esse castigo ao juiz militar que supervisionará o caso.
Em seu lugar, a acusação aconselhará a prisão perpétua caso Manning seja condenado unicamente por essa acusação, mas o juiz militar poderia ignorar a recomendação e impor pena de morte.
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Manning, de 23 anos, se encontra preso em um centro penitenciário militar em Quantico (Virgínia) desde junho, quando foi acusado pelas autoridades militares de descumprir o Código Militar por facilitar ao Wikileaks 150 mil documentos secretos do Departamento de Estado, que a organização publicaria mais adiante.
A essa primeira acusação, que condenava o soldado a 52 anos de prisão, foram somadas nesta quarta-feira outras 22 após uma investigação de sete meses que ainda continua, segundo o Pentágono.
A maioria das novas acusações está relacionada com o uso de software não autorizado em computadores do governo para extrair informação classificada, download ilegal e transmissão de dados para divulgação pública por parte do “inimigo”, como denomina a acusação.
Em sua formulação das acusações, as autoridades militares não fizeram nenhuma menção específica ao Wikileaks, nem se referiram a nenhum laço direto entre Manning e o fundador da organização, Julian Assange.
O governo dos EUA continua investigando possíveis vias legais para apresentar acusações contra Assange, que será extraditado em breve a Suécia para ser julgado por seus supostos crimes sexuais depois que um juiz britânico autorizou a operação na semana passada.
A detenção de Manning aconteceu após a denúncia do hacker Adrian Lamo, que o acusou em junho de 2010 de ser a principal fonte do Wikileaks.
Segundo a acusação, o soldado teve acesso aos documentos quando estava na Base Operacional Avançada Hammer, ao leste de Bagdá (Iraque), e podia consultar duas redes classificadas do governo americano, Siprnet (Secret Internet Protocol Router Network) e Joint Worldwide Intelligence Communications System.
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