O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o da China, Hu Jintao, concordaram nesta segunda-feira (12/4) em cooperar sobre a resolução das Nações Unidas que determinará novas sanções contra o Irã, em razão da suposta intenção do país em desenvolver armas nucleares.
As informações foram divulgadas pelo diretor para a Ásia do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Jeff Bared, que acompanha Obama durante a Cúpula sobre Segurança Nuclear, em Washington. De acordo com Bared, ambos os presidentes pretendem intensificar a pressão sobre o regime iraniano.
Ron Sachs/Efe
Após meses de indecisão, China decide cooperar com pacote de sanções ao Irã
“O governo chinês está disposto a colaborar conosco”, disse o diretor, que considerou a reunião um marco na retomada das relações entre EUA e China, abaladas, entre outras questões, por tensões explicitadas durante encontro de Obama e o Dalai Lama.
A China, que até então se mostrava reticente em relação às punições contra o Irã, concordou na semana passada em participar da elaboração do novo pacote de sanções junto aos outros membros do Conselho de Segurança da ONU, EUA, França, Reino Unido e Rússia.
Durante a reunião com o presidente norte-americano, Hu Jintao instruiu sua equipe para que, ao redigir a resolução, fique claro para o Irã quais as consequências de um eventual não cumprimento da vontade da comunidade internacional.
Já a Rússia, que também não havia se mostrado total de acordo com as restrições ao Irã, se posicionou a favor do novo pacote de sanções. Na última quinta-feira, o presidente Dmitri Medvedev, disse defender medidas “inteligentes” que induzam mudanças de comportamento por parte do Irã, mas que não prejudiquem sua população.
Cooperação militar
Durante os eventos da Cúpula sobre Segurança Nuclear, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, se reuniram e assinaram um acordo para facilitar a compra de equipamentos e os contatos entre as forças armadas.
“Este acordo levará ao aprofundamento da cooperação em defesa entre EUA e Brasil em todos os níveis”, disse Gates.
Já o ministro brasileiro limitou-se a enfatizar que o acordo não viola “em absoluto” os princípios de soberania e de não-intervenção nos assuntos de outro país, já que não contempla o uso de nenhuma base militar no Brasil por parte das forças armadas norte-americanas, como alguns veículos de imprensa latino-americanos especularam.
Para Jobim, o acordo de cooperação incentiva a cooperação no desenvolvimento de tecnologia de defesa e facilita a compra e venda de armamento.
Brasil-Itália
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o premiê italiano, Silvio Berlusconi, se reuniram na sede da Embaixada do Brasil em Washington para discutir assuntos bilaterais, como o caso do italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua em seu país, mas beneficiado pelo Brasil pelo status de refugiado.
De acordo com a agência de notícias italiana Ansa, ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que o primeiro-ministro italiano disse “apoiar e confiar” nas autoridades brasileiras em relação a resolução do caso.
Além disso, Lula e Berlusconi assistiram à assinatura de um acordo de associação estratégica. Em que os dois países se comprometem a cooperar na luta contra a pobreza, contra a mudança climática e pelo desarmamento, entre outros pontos.
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