O governo da Venezuela inaugurou nesta segunda-feira (12/4) as primeiras “guerrilhas de comunicação”, cuja missão será enfrentar a “desinformação” promovida pelos veículos de comunicação privados.
A iniciativa é dirigida a estudantes e jovens e será realizada por meio da internet, da celulares, de murais, de atividades artísticas e culturais e da imprensa alternativa, como as rádios e televisões comunitárias. Embora ainda haja muitos pontos sem esclarecimentos sobre essa iniciativa, tudo parece indicar que as “guerrilhas” serão repletas de estudantes e jovens voluntários.
“A batalha da mídia deve ser travada todos os dias. Temos de enfrentar o silêncio midiático”, disse o presidente Hugo Chávez no domingo (11/4) em seu programa “Alô Presidente!” referindo-se a essa “guerrilha”.
A ministra da Comunicação venezuelana, Tania Díaz, disse que a estratégia dos “guerrilheiros da comunicação” será baseada em “comunicar, mobilizar e organizar”.
Díaz dirigiu a ativação das operações acompanhada pelo ministro de Educação, Héctor Navarro, e da chefe administrativa do Distrito Federal de Caracas, Jaqueline Farías, recém-empossadas nos cargos.
O silêncio mencionado por Chávez inclui aquele guardado pelos meios de comunicação privados venezuelanos, especialmente pela rádio e televisão, em 13 de abril de 2002, quando o povo e as forças leais ao governo abortaram o golpe de Estado realizado dois dias antes. Naquela data, enquanto milhares de cidadãos tomavam as ruas e os paraquedistas resgatavam Chávez na ilha de La Orchila, os canais de televisão privados não transmitiram os acontecimentos políticos.
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