O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (31/07) sanções diretas contra Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. A medida é uma resposta à eleição da Assembleia Nacional Constituinte, realizada ontem (30/07) e considerada “ilegítima” pelo governo de Donald Trump.
“A eleição ilegítima de ontem confirmam que Maduro é um ditador que desconsidera a vontade do povo venezuelano”, afirmou Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, em comunicado. “Ao sancionar Maduro, os EUA deixam clara nossa oposição às políticas deste regime e nosso apoio ao povo da Venezuela que busca devolver uma democracia plena e próspera a seu país”, acrescentou.
A sanção significa que todos os ativos de Maduro sujeitos à jurisdição dos EUA estão congelados e que todos os norte-americanos estão proibidos de fazer qualquer transação com o presidente venezuelano, que ainda não se pronunciou sobre a medida.
Agência Efe
O presidente dos EUA, Donald Trump; Washington impôs sanções a 14 funcionários do governo venezuelano no último mês, incluindo Maduro
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Dessa forma, Maduro se une aos 13 atuais e ex-funcionários do governo da Venezuela sancionados pelos EUA na última quarta-feira (26/07) por supostos abusos de direitos humanos, corrupção ou “ações para minar a democracia”. No total, 29 membros ou ex-membros do governo venezuelano estão sob sanção dos EUA, em medidas iniciadas pela administração de Barack Obama.
Desde meados de julho o governo Trump vinha ameaçando o governo Maduro com sanções em uma tentativa de pressionar o presidente venezuelano a suspender a eleição para a Constituinte.
O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Samuel Moncada, anunciou na ocasião que Caracas iria fazer “uma revisão profunda” da relação com Washington. “Aviso, desde já, por instrução do presidente da República, que nós faremos uma revisão profunda com o governo dos EUA, porque nós não aceitamos humilhações de ninguém”, disse o chanceler.