A Administração de Alimentos e Remédios dos Estados Unidos (FDA, em inglês) pôs fim nesta segunda-feira (21/12) a uma norma que proibia homens homossexuais e bissexuais de doar sangue e permitiu a partir de agora a doação dos que não tenham mantido relações com outros gays nos últimos 12 meses.
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FDA permitiu que gays e bissexuais doem sangue somente se não tiverem feito sexo nos últimos 12 meses
A norma revogada hoje estava em vigor há mais de 30 anos e a FDA afirmou que sua atualização reflete “a mais atual evidência científica” e a abordagem adotada em outros países como a Austrália e o Reino Unido.
“A responsabilidade da FDA é manter um alto nível de segurança dos produtos sanguíneos para as pessoas cujas vidas dependem disso”, disse o comissário interino da FDA, Stephen Ostroff, em comunicado.
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“Tivemos muito cuidado para assegurar-nos que esta revisão da política está respaldada por conhecimentos científicos sólidos e continua protegendo nossa provisão de sangue”, acrescentou Ostroff.
Foi em 1983 que a FDA proibiu a doação de sangue para qualquer homem que tivesse tido relações sexuais com outro homem, uma decisão tomada por causa da crise da aids, quando os conhecimentos sobre o HIV eram muito limitados e se buscava a maneira de deter sua propagação.
Hoje em dia os teste de HIV sobre os doadores de sangue são realizados regularmente, razão pela qual é praticamente impossível que os bancos dos hospitais recebam sangue com o vírus da aids.
Neste sentido, grupos de direitos dos homossexuais que defenderam durante muito tempo a mudança desta política, como a National Drive Gay Blood, manifestaram que, apesar de apoiar que a FDA tenha acabado com a proibição, a nova política “continua sendo discriminatória”.