Os Estados Unidos não estão envolvidos em uma possível “transição política” na Venezuela por conta do estado de saúde do presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse nesta quinta-feira (03/01) a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.
Nuland, porém, afirmou que há contatos da diplomacia norte-americana com o governo e com a oposição venezuelanos. “Obviamente, falamos com venezuelanos de todo o espectro político, como fazemos com todos os países do mundo”, disse. “Qualquer transição política na Venezuela tem de ser produto de decisões dos venezuelanos, não existe uma solução 'made in America”, salientou.
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As tensões entre os dois países ocorrem há pelo menos uma década. Em 2002, quando um golpe de Estado tentou derrubar Chávez, o presidente venezuelano acusou os EUA de estarem por trás. Medidas concretas vieram em 2008, quando Caracas expulsou o embaixador Patrick Duddy, sob a acusação de que o diplomata estaria participando de uma conspiração contra o governo chavista.
Em retaliação, Washington expulsou o embaixador venezuelano Bernardo Álvarez Herrera, que chegou a ser reaceito no posto pelo governo norte-americano, mas depois teve o visto revogado em 2010, quando a Venezuela rejeitou a nomeação de Larry Palmer para o posto em Caracas. Os dois países, porém, mantêm suas respectivas embaixadas, lideradas por encarregados de negócios.
Na terça-feira (01/01), o Departamento de Estado norte-americano pediu que uma eventual transição em Caracas ocorra de forma “constitucional”, com eleições “transparentes e democráticas”.
* Com informações da Agência France Presse