Dezenas de pessoas protestaram hoje (9) em Seul, Coreia do Sul, contra a condenação de duas jornalistas norte-americanas pela Coreia do Norte, anunciada ontem. Euna Lee e Laura Ling – repórteres do San Francisco Current TV – foram condenadas a 12 anos de trabalhos forçados por entrar ilegalmente no país, segundo a agência estatal norte-coreana KCNA. O governo dos Estados Unidos planeja enviar um representante ao país para pressionar pela libertação das jornalistas.
As duas foram detidas dia 17 de março na fronteira da Coreia do Norte com a China enquanto gravavam imagens sobre o tráfico de refugiadas norte-coreanas.
Seu julgamento começou no dia 4 de junho, e durante o período de custódia em Pyongyang elas mantiveram contatos por carta e por um telefonema com suas famílias.
Resposta norte-americana
O governo norte-americano assegurou que tentará por todos os meios a libertação de ambas. Um representante – ainda não definido – deverá seguir em breve para Pyongyang. “Estamos comprometidos a assegurar sua libertação por todos os canais possíveis”, assegurou o porta-voz do Departamento de Estado, Ian Kelly, em comunicado.
Kelly disse que está tomando providências. “Vimos as notícias de imprensa sobre o veredicto e estamos trabalhando para confirmá-los com as autoridades norte-coreanas”, explicou.
William Burton, porta-voz da Casa Branca afirmou que o presidente Barack Obama está profundamente preocupado com a condenação. Paralelamente, Robert Gibbs, outro porta-voz da Casa Branca, assinalou que Ling e Lee são inocentes dos crimes pelos quais foram acusadas.
O governo chinês pediu hoje a Washington e a Pyongyang que busquem uma solução apropriada para libertar as jornalistas americanas. “Esperamos que os Estados Unidos e a Coreia do Norte possam solucionar este problema de forma adequada”, disse o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores da China, Qin Gang. Entretanto, ele não especificou se a China serviria de intermediária nas negociações de libertação.
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