Atualizada às 15h58
Os Estados Unidos atacaram com drones o braço do Estado Islâmico no Afeganistão, conhecido por Estado Islâmico Khorasan (EI-K) na noite desta sexta-feira (27/08), de acordo com Washington, para atingir o local onde estaria um membro do grupo. Neste sábado (28/08), o Pentágono afirmou que dois militantes do Estados Islâmico-Khorasan foram mortos e um ficou ferido.
“São duas figuras de alto nível com grande capacidade para realizar missões”, disse o subchefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, Hank Taylor, sem especificar se as pessoas mortas estavam envolvidos no ataque contra o aeroporto de Cabul.
A ofensiva norte-americana foi realizada menos de 48 horas depois de um ataque nos arredores do aeroporto internacional de Cabul, que deixou pelo menos 160 afegãos e 13 militares norte-americanos mortos. A autoria do evento foi reivindicado pelo EI-K.
De acordo com o Comando Central dos Estados Unidos, o ataque com drones ocorreu em Nangahar, onde estava um membro do Estado Islâmico-Khorasan que teria envolvimento no planejamento dos atentados contra os militares norte-americanos na capital afegã.
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Estado Islâmico K é braço afegão do grupo fundamentalista
A imprensa dos EUA, citando fontes do governo, divulgou que o presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou o ataque que foi ordenado pelo ministro da Defesa, Lloyd Austin.
A decisão cumpre a promessa que o mandatário fez na última quinta-feira (26/08), quando afirmou que os autores do atentado seriam encontrados e mortos. Biden tem sido alvo de uma campanha de desaprovação desde o retorno do Talibã ao controle do Afeganistão.
Ainda neste sábado (28/08), a embaixada dos EUA em Cabul voltou a alertar todos os cidadãos norte-americanos para não irem ao aeroporto e ressaltou que quem estiver em algumas das entradas devem “sair imediatamente” porque há “ameaças à segurança”.
“Os cidadãos norte-americanos que estão agora no portão de Abbey, no portão Leste, no portão Norte ou no portão do Novo Escritório do Interior devem sair imediatamente”, alertou a sede diplomática. O governo norte-americano está em “alerta máximo” para a tentativa de novos ataques.
(*) Com Ansa.