A evacuação de civis e milicianos dos bairros do leste de Aleppo, na Síria, foi suspensa uma segunda vez neste domingo (18/12), sem previsões de retomada após um ônibus que ia retirar civis de duas localidades xiitas ser incendiado, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Rami Abdul Rahman, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos, afirmou que o governo sírio e o Irã exigiram garantias para a segurança da evacuação de civis de Foua e Kafarya, regiões de maioria xiita, como condição para retomar a operação de retirada de Aleppo. Os ônibus que entraram neste domingo em Aleppo – 15 segundo a organização e 25 segundo a agência oficial Sana – saíram vazios da cidade.
Ainda segundo Rahman, cinco ônibus ficaram retirados e seis foram queimados na província de Idlib, onde estão localizadas outras duas populações xiitas.
Reprodução / Facebook / BBC
Retirada de Aleppo foi suspensa sem previsão de retorno após ataques a ônibus
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O diretor do Observatório Sírio de Direitos Humaos declarou que o motorista de um dos veículos, que morreu no incêndio, atribuiu os ataques à facção radical Jund al-Aqsa, que jurou lealdade à Frente da Conquista do Levante, antiga Frente al Nusra e ex-filial da Al Qaeda na Síria. A agência de notícias Sana atribuiu à ação aos grupos terroristas Frente da Conquista do Levante e Livres de Sham, que cercam as duas populações xiitas.
A evacuação dos civis havia sido retomada neste domingo em virtude de um novo acordo entre Turquia, Irã e Rússia, após dois dias de suspensão. O Irã, porém, condicionou a evacuação de Aleppo a que fosse feito o mesmo com os civis de Foua e Kafarya.
(*) Com Agência Efe