O ex-candidato à Presidência da Colômbia Antanas Mockus, opositor político do presidente Juan Manuel Santos, registrou na noite desta quarta-feira (10/08) sua candidatura à Prefeitura de Bogotá minutos antes do fechamento das inscrições. Nas mais recentes pesquisas de opinião, seu nome aparece em terceiro lugar.
No ano passado, ainda pelo Partido Verde, Mockus chegou ao segundo turno da disputa pela Presidência da Colômbia, liderando a corrente de oposição ao governo do ex-presidente Álvaro Uribe (2006-2010), que apoiou Santos.
Recentemente, Mockus deixou a legenda que ajudou a fundar, de orientação centrista. Sua justificativa ocorreu em razão seu ex-correligionário e até então pré-candidato pelo PV à prefeitura bogotana, Enrique Peñalosa, ter aceito o apoio de Uribe.
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Na época, analistas acreditavam que ele poderia se aliar a Gustavo Petro, de esquerda, que no ano passado disputou a Presidência pelo Polo Democrático Alternativo (PDA) e hoje compõe o movimento Progressista, que busca se regularizar enquanto partido.
Mockus inscreveu-se ontem à noite como candidato pela ASI (Aliança Social Independente). Seus principais concorrentes são exatamente Peñalosa e Petro, segundo as pesquisas.
Também concorrem, com menos destaque nas pesquisas David Luna, Gina Parody e Carlos Fernando Galán, três jovens políticos de centro. O PDA, por sua vez, tem como candidato ao cargo Aurelio Suárez, que não teve pontuações significativas nas pesquisas até o momento. Há ainda outros quatro candidatos que aparecem com percentuais pouco significativos.
As eleições para as autoridades regionais na Colômbia, que incluem escolha de prefeitos, governadores, conselhos (legislativo municipal) e assembleias (legislativo estadual), ocorrerão em 30 de outubro.
A Prefeitura de Bogotá, chefiada por Samuel Moreno desde 2007, é hoje um grande bastião da esquerda no país e opositora do ex-governo colombiano de Uribe e da atual gestão, de Santos. Moreno, porém, está suspenso do cargo e de seu partido, o PDA, por causa de acusações disciplinares por supostas irregularidades em contratos rodoviários e corrupção de funcionários.
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