O ex-ditador Desi Bouterse foi eleito presidente do Suriname em votação no parlamento do país nesta segunda-feira (19/7). Ele teve 36 votos a favor e 13 contra, enquanto enfrenta um processo pelo assassinato de 15 oposicionistas em 1982, segundo a imprensa local.
O resultados causou preocupação entre os membros do partido Nova Frente pela Democracia e o Desenvolvimento (NF). Meses antes da eleição, a legenda advertiu que os surinameses não deveriam esquecer a forma como Bouterse governou antes, como dirigente de facto na ditadura militar (1980-1987).
O adversário de Bouterse na disputa era o ministro da Justiça, Chandrikapersad Santokhi, de 51 anos.
O presidente do Suriname é escolhido em eleições indiretas realizadas pela assembleia nacional, que tem 51 cadeiras, com uma maioria de 32 votos ou mais. A coalizão de Bouterse, Mega Combinação (MG), tem 23 cadeiras, seguida pela NF, com 13. As 15 restantes estão em poder de outros partidos e alianças.
Em 1999, Bouterse, ex-militar de 66 anos, foi julgado e condenado à revelia a 11 anos de prisão por tráfico de cocaína em um tribunal de Amsterdã. Esta é a terceira vez que ele estará no poder no país vizinho: ele já tinha sido líder de dois golpes militares, em 1980 e 1990, embora sem assumir nenhum cargo oficial.
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