A Promotoria do Egito anunciou que o ex-ministro do Interior Habib Al Adli será processado pela morte de manifestantes durante os protestos que levaram à queda do ex-presidente Hosni Mubarak, em fevereiro. Segundo um comunicado, Adli é acusado de ordenar que os policiais abrissem fogo contra a multidão, em protestos ocorridos a partir de janeiro na capital, Cairo, e em outras cidades egípcias.
Além de Adli, outros quatro chefes de segurança da região do Cairo também serão indiciados: Ismail A Shaer, Adly Fayed, Ahmed Ramzi e Hassan Abdel Rahman. A organização de direitos humanos e pró-democracia acusa as forças de segurança do Egito de terem sido violentas e de terem praticado tortura durante os protestos.
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A procuradoria se referiu a Adli como responsável pela “morte premeditada e deliberada de alguns manifestantes”. O ex-ministro também enfrenta processo por lavagem de dinheiro em uma investigação sobre corrupção entre os militares, feita pela junta militar que controla o país interinamente.
Pelo menos 350 pessoas morreram durante as manifestações e milhares ficaram feridas. No início deste mês, o atual ministro do Interior, Mansur Essawy, decidiu extinguir o setor do Ministério do Interior que monitorava os dissidentes políticos durante o governo de Mubarak, que permaneceu quase 30 anos no poder.
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