O ex-ministro da SDH (Secretaria de Direitos Humanos), Paulo Vannuchi, foi eleito nesta quinta-feira (06/06) para compor a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), da OEA (Organização dos Estados Americanos).
A CIDH é composta por sete integrantes e faz parte do Sistema Interamericano de Proteção e Promoção dos Direitos Humanos nas Américas. A entidade é a mais representativa na proteção e promoção dos Direitos Humanos no continente americano.
Agência Brasil
Paulo Vannuchi é o novo integrante da Comissão de Direitos Humanos da OEA
Com o resultado de ontem, três vagas foram renovadas. As eleições duraram três dias com representantes dos estados que compõem a OEA. Além de Paulo Vannuchi, também foram eleitos os candidatos dos Estados Unidos, James Cavallaro, e o do México, José de Jesús Orozco Henríquez.
Em nota oficial, o Itamaraty afirma que a eleição de Vannuchi à CIDH fortalece o compromisso do Brasil com o a luta pelos direitos humanos no continente americano.
Paulo Vannuchi comandou a SDH entre 2005 e 2011, durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Formado em jornalismo e com mestrado em ciência política, Paulo de Tarso Vannuchi, de 63 anos, sempre atuou na defesa e preservação dos direitos humanos. Vannuchi chegou a ser preso durante a ditadura militar no Brasil. Ele é paulista, nascido na cidade de São Joaquim da Barra.
Foi na gestão de Paulo Vannuchi como ministro que o Programa Nacional de Direitos Humanos ganhou destaque. Além disso, o ex-ministro defendeu que Lei de Anistia não se aplica aos torturadores. Atualmente é diretor do Instituto Lula e responsável pelo projeto do Memorial da Democracia. É também analista político da TVT e da Rádio Brasil Atual. Vannuchi participou da elaboração do livro Brasil Nunca Mais, coordenado por dom Paulo Evaristo Arns.
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Em 1975, foi um dos responsáveis pelo dossiê entregue à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) sobre a tortura praticada pela ditadura militar e os assassinatos cometidos, mencionando 233 nomes de torturadores e detalhando os métodos usados, inclusive citando unidades onde as torturas ocorriam. O documento é considerado um dos mais completos desde 1964.
De 1977 a 1985, Vannuchi trabalhou com a Comissão Pastoral da Terra, a Pastoral Operária e as Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica, promovendo cursos de formação e assessoria política para lideranças, religiosos e bispos. Vannuchi foi deputado federal na Assembleia Nacional Constituinte, em 1986, e secretário executivo da Coordenação Nacional da campanha de Lula, em 1994.
(*) Com informações da Agência Brasil