A explosão de duas bombas ao mesmo tempo em uma mesquita de Mogadíscio, capital da Somália, matou pelo menos 30 pessoas e feriu outras 80 neste sábado (1º/5). Entre os mortos, estão integrantes do grupo rebelde Al-Shabab, que escoltavam um comandante da milícia radical islâmica.
Uma das explosões ocorreu no térreo do templo, enquanto a outra aconteceu no segundo andar. Lá, o comandante Fouad Mohammed Khalaf discursava, pregando a novos integrantes da milícia sua versão da “guerra santa”. A mesquita Abdalla Shideye tem três andares.
O Al-Shabab disse que o objetivo das explosões era matar Khalaf, mas que ele conseguiu escapar apenas com ferimentos no braço esquerdo. Testemunhas, no entanto, disseram que o comandante ficou gravemente ferido.
O grupo rebelde acusou a companhia de segurança norte-americana Blackwater de ter organizado o atentado. A empresa é contratada para prestar serviços de segurança privada em zonas de conflito por meio de mercenários terceirizados.
Um lojista que trabalha perto do local do ataque, Nour Ali Dahir, descreveu o cenário após a explosão: “Há pelo menos seis corpos em volta da minha loja, e sei que há outros 21 feridos. Continuamos recolhendo corpos entre os escombros da mesquita, e acreditamos que o número de mortos subirá rapidamente”.
Lei islâmica
Após as duas explosões, os homens do Al-Shabab bloquearam todas as estradas que levam ao mercado de Bakara, um dos pontos mais movimentados de Mogadíscio.
Os grupos insurgentes islâmicos Al-Shabab e Hezb al-Islam enfrentam o governo de transição somali de forma moderada desde maio de 2009, quando forças etíopes se encontravam no país para apoiar as tropas legalistas.
O Al-Shabab controla grande parte do sul da Somália, e luta contra o governo para tentar impor no país a sharia (lei islâmica) de forma rigorosa.
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