A decisão da Suprema Corte do Chile de permitir que cinco militares, condenados por violação aos direitos humanos durante a ditadura (1973/90), cumpram suas penas em liberdade foi considerada, pelo Grupo de Familiares e Presos Desaparecidos do país, uma incoerência por parte do Poder Judiciário.
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De acordo com a vice-presidente da entidade, Mireya García, a sentença é “uma gozação com as vítimas”. O deputado comunista e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Hugo Gutierrez, afirmou que as sanções não correspondem à gravidade do ato.
Os militares Ángel Custodio Torres Rivera e Sergio Carlos Arredondo González, condenados a cinco anos de prisão, e Francisco Javier Pérez Egert, Leonardo Quilodrán Burgos e Daniel Javier Walker Ramos, condenados a quatro, cumprirão suas penas em liberdade assistida.
Além disso, a Suprema Corte decidiu que três deles deverão indenizar as famílias das vítimas com 30 milhões de pesos (cerca de 64 mil dólares) a cada uma delas.
Os cinco são acusados do assassinato de nove militantes de esquerda que, segundo a versão dos próprios militares, tentavam fugir após um ataque ao comboio que os transportava, em 1974.
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