O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, reiterou neste domingo (24/4) que só deixará o poder em processo que esteja de acordo com os parâmetros da Constituição e por meio de eleições democráticas.
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“Para quem devo transferir o poder? Para aqueles que estão tentando fazer um golpe? Não. Faremos através das urnas”, afirmou Saleh em entrevista à cadeia britânica BBC reproduzida pela agência oficial de notícias Sana.
As declarações acontecem em um momento delicado, já que coincidem com anúncios oficiais que Saleh está disposto a ceder o poder nos termos fixados por uma iniciativa do CCG (Conselho de Cooperação do Golfo).
Embora na entrevista à BBC Saleh se compromete a deixar ao poder ao vencedor nas urnas, em nenhum momento determina se será nos prazos da iniciativa do CCG.
Não é a primeira vez que o presidente iemenita diz estar disposto a deixar o poder. Ele, inclusive, anunciou que não tentará sua reeleição no pleito que inicialmente está previsto para 2013.
O governante, no poder no Iêmen desde a unificação entre o norte e o sul em 1990, acusou a rede terrorista Al Qaeda de se infiltrar entre os que pedem sua renúncia nas manifestações que diariamente acontecem na capital e em outras cidades do país.
“A Al Qaeda está se movimentando entre os grupos (da oposição), e isto é muito perigoso”, acrescentou. Sobre a iniciativa do CCG, disse que irá analisá-la dentro do marco da Constituição, mas lembrou que a oposição se negou a integrar um Governo de unidade, um dos pilares da proposta dos países do Golfo Pérsico.
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