“Fascismo e sionismo, que é o novo fascismo” foram as palavras usadas pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para descrever o governo do mandatário argentino, Javier Milei, em resposta às críticas.
Nesta quinta-feira (04/04), durante uma nova edição do programa de áudio Maduro Podcast, o chefe de Estado venezuelano rejeitou as pretensões do ultraliberal de unir os países latinos para promover sanções contra a Venezuela.
“Agora o Milei fala que vai liderar uma cruzada para que a Venezuela seja sancionada, seja cercada e seja derrotada. Eu digo a ele, aqui de Caracas, dos bairros de Caracas. Eu digo a Milei, você e quantos outros. Milei, se olha no espelho de Bolsonaro, se olha no espelho de Macri, porque quem mexe com a Venezuela, seca”, disse.
No último domingo (31/03), o presidente argentino concedeu uma entrevista ao jornalista Andrés Oppenheimer, da emissora norte-americana CNN. Questionado se adotaria medidas para “promover a democracia” na Venezuela, Milei incluiu Peru, Uruguai e Costa Rica ao dizer que “não teria nenhum tipo de problema” em fazer uma “condenação enfática” contra o sistema venezuelano.
Ainda ao veículo, o líder argentino falou em “carnificina sem precedentes” na Venezuela, e comparou o país ao que chamou de “ilha-prisão de Cuba”, acusando Maduro de tentar promover uma ditadura.
Durante o programa desta quinta-feira, na presença de convidados – a combatente Cilia Flores, e o governador do estado de Carabobo Rafael Lacava – o mandatário chegou a mencionar o jogador de futebol argentino, Diego Armando Maradona, falecido em novembro de 2020, afirmando que sua morte foi consequência de uma “operação para acabar com os símbolos da Argentina rebelde”. Também citou o caso da ex-presidente Cristina Kirchner, que teve uma arma apontada no rosto em setembro de 2022.
“A Argentina ficou sem vozes profundas e impactantes. Acredito que esse plano tenha sido costurado para que o fascismo venha” declarou Maduro, acrescentando que “um dia a verdade virá à tona”.
(*) Com Telesur