O FBI busca colocar fim ao conflito por parte de uma milícia composta por fazendeiros armados, que há três dias ocupam um prédio público em uma reserva natural no estado do Oregon, na região noroeste dos Estados Unidos.
Segundo um comunicado das autoridades do Oregon, “o FBI está trabalhando com a polícia do estado do Oregon e agências de autoridade locais e estaduais para alcançar uma solução pacífica para a situação no Malheur National Wildlife Refuge”.
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Reprodução/ YouTube RT
Fazendeiros armadas ocuparam prédio público no Oregon
Contudo, as autoridades não divulgaram detalhes sobre a atual situação de investigação “por motivos de segurança, tanto para os que estão dentro da reserva como para os agentes policiais envolvidos”.
Para o agente especial de supervisão aposentado do FBI, Steve Moore, haverá mais cautela por parte da agência. Em entrevista à emissora norte-americana CNN, ele recorda um confronto semelhante que ocorreu em Waco, no Texas, em 1993, que resultou na morte de mais de 100 pessoas.
“Não há nenhuma razão real, neste momento, de entrar de fato [no conflito]. E o FBI sabe disso”, afirma Moore. “Uma centena de pessoas morreu naquela vez [em Waco]: foi um suicídio que, no entanto, foi provocado pela intervenção do FBI.
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Condenações
Na tarde de segunda-feira (04/01), os dois fazendeiros — cuja condenação por terem incendiado zonas de matas sem permissão em terreno federal motivaram os protestos da milícia armada na região — se entregaram às autoridades federais.
Os criadores de gado Dwight Hammond, de 73 anos, e o seu filho, Steven, de 46, foram condenados por incendiar matas em área federal em 2001 e 2006.
No passado, Dwight fora condenado a três meses de prisão e seu filho a um ano, penas que já cumpriram. Contudo, em outubro passado, um tribunal de apelações considerou que a punição foi branda demais e a aumentou em cerca de quatro anos mais para cada um.
Para os milicianos armados do Oregon, os Hammond são pessoas perseguidas pelo governo e que foram tratados como “terroristas” sem merecimento. O grupo antigovernamental assegura que sua ação no prédio público é “um protesto pacífico”.
“Nós viemos aqui muito bem preparados e estamos aqui para um longo período”, afirmou à CNN manifestante John Reitzheimer, acrescentando que o grupo se autodenomina “Cidadãos pela Liberdade Constitucional”.