O FMI (Fundo Monetário Internacional) reajustou a previsão de crescimento para a América Latina para 5,7% este ano, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (6/10). O órgão atribuiu a melhora na recuperação depois da crise foi à “disciplina macroeconômica” e à “grande presença de matérias-primas” na região.
“A região da América Latina e do Caribe está saindo da crise mundial a um ritmo maior do que o esperado”, afirma o FMI no relatório, destacando que o México, a América Central e o Caribe enfrentam mais dificuldades por causa da relação de dependência com os Estados Unidos.
A previsão para o crescimento do Brasil é de 7,5% para este ano, 0,04 ponto a mais que o calculado em julho. Para o ano que vem, espera-se crescimento de 4,1% no PIB.
Há três meses, o FMI tinha calculado que a América Latina cresceria 4,8% em 2010. Já a estimativa para 2011 foi mantida em 4%. A inflação esperada na região para este ano é de 6,1%, e será de 5,8% em 2011. O déficit por conta corrente será de 1,2% em 2010 e de 1,6% em 2011.
Nova orientação anti-Estado
O FMI destaca em seu relatório a “impressionante melhoria” registrada no Brasil, no Chile, na Colômbia e no Peru em suas políticas macroeconômicas, pela sólida demanda interna e fortes laços comerciais com a Ásia, o que permite continuar exportando. O relatório constata que a demanda internacional por matérias-primas continua “robusta”, e isso beneficia a maioria dos países da América Latina.
Para o Chile espera-se aumento de 5% e 6%, respectivamente, para 2010 e 2011. Em tanto que na Colômbia serão do 4,7% e o 4,6%, e no Peru do 8,3% e 6%.
Em seu relatório, o FMI recomenda que a América Latina “aproveite o momento favorável” para ir “retirando os estímulos econômicos”. Alguns países já começaram a fazer isso. Além disso, o órgão recomenda à região latino-americana que siga o exemplo da Ásia e adotar políticas que permitam seguir crescendo de maneira forte no futuro, e concretamente tratar que o crescimento não conduza a um superaquecimento da economia, ou a assumir riscos financeiros e fiscais desnecessários.
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