Ao analisar as condições para o resgate da economia espanhola, o FMI (Fundo Monetário Internacional) afirmou que o governo do país deve “liquidar os bancos que não são viáveis assim que possível”. A entidade também sugeriu que sejam evitadas “novas fusões que não gerem valor”.
Em comunicado desta sexta-feira (26/10), o FMI destacou a importância de assegurar as estruturas “adequadas” para garantir a independência tanto dos bancos em dificuldades como daqueles que já foram nacionalizados.
O pedido de resgate do governo espanhol prevê o recebimento de até 100 bilhões de euros (mais de R$ 260 bilhões) para os bancos do país. Ainda há algumas dúvidas sobre o procedimento que será adotado, como os prazos, os juros e, principalmente, a definição dos ativos que são considerados “tóxicos”.
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As declarações do fundo foram divulgadas junto com as dos outros dois representantes da troika: Comissão Europeia e Banco Central Europeu. Apesar do tom do FMI, as três instituições concordaram que as reformas ligadas ao resgate “avançam em um bom ritmo” na Espanha.
“As condições melhoraram desde o início do programa de reestruturação. Os problemas foram reduzidos”, mas “os desafios seguem sendo importantes e requerem uma ação política decisiva”, indica o comunicado conjunto.
Apesar dos sinais de melhora, de acordo com o jornal El País, “o governo não conseguiu aproximar-se de seu objetivo: um sistema financeiro capaz de dar apoio à recuperação econômica ou ao menos não agravar a recessão”.