Uma forte explosão deixou quatro feridos neste sábado (12/03) na usina nuclear de Fukushima, onde o nível de radiação aumentara de forma alarmante após o devastador terremoto que sacudiu o Japão na sexta-feira (12/02).
Segundo a imprensa japonesa, que cita a empresa elétrica TEPCO (Tokyo Electric Power) e a Agência de Segurança Nuclear do Japão, a explosão aconteceu às 15h36 da hora local (3h36 de Brasília), aparentemente quando uma equipe tentava esfriar um reator nuclear da usina número 1.
Efe
Imagens da rede de televisão AVC 24 horas mostra a explosão na usina de Fukushima
A rede de televisão NHK assegura que o teto e as paredes do edifício que abrigava o reator desabaram. O incidente ocorreu pouco depois de os responsáveis da usina nuclear terem anunciado que haviam conseguido reduzir a pressão no reator.
O governo japonês, porém, assegurou que a explosão não foi no reator nem produziu um grande vazamento radioativo.
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Em entrevista coletiva, o porta-voz do Executivo, Yukio Edano, disse que a explosão, que também não danificou o depósito que protege o reator, aconteceu por causa de uma reação química entre hidrogênio e oxigênio e assegurou que diminuiu o nível de radiatividade na área.
Os quatro feridos foram transferidos para um hospital da região, segundo fontes da TEPCO, a companhia que opera a usina, que ainda não divulgou informações sobre o estado da central.
O terremoto que atingiu a região na sexta-feira havia danificado o sistema de refrigeração da central, que paralisou suas atividades, sem que isso impedisse o aumento da pressão no reator nuclear.
Inaugurada em 1961, a usina número 1 da Tokyo Electric Power em Fukushima, com o nome de Daiichi, fica 270 quilômetros ao nordeste de Tóquio e contava com permissão para continuar ativa até 2021.
O terremoto de sexta-feira, de 8,9 graus na escala Richter, fez com que fossem paralisadas as 11 usinas nucleares situadas nas zonas mais afetadas, como estabelecem as normas japonesas diante de casos como este.
Evacuação
Com a confirmação da explosão, o governo japonês ampliou a área de retirada de moradores ao redor da usina para um raio de 20 quilômetros. Estima-se que cerca de 45 mil habitantes tenham que deixar suas casas. Na sexta-feira, 3 mil pessoas que estavam em um raio de 3 quilômetros foram evacuadas.
*Com agência Efe
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