O governo da França segue o Reino Unido e anunciou nesta quarta-feira (20/04) que enviará um grupo militares para servir de apoio às forças rebeldes de oposição ao governo líbio comandado pelo coronel Muamar Kadafi. O porta-voz do governo francês François Baroin disse que serão enviadas dez pessoas. Segundo ele, a iniciativa respeita a resolução 1973 da ONU (Organização das Nações Unidas).
Baroin ressaltou que a cooperação não constituirá um envio de forças militares para a Líbia. De acordo com o porta-voz, o reforço militar não representa envio de contingente em terra para a o país norte-africano. “Não estamos prevendo enviar tropas de combate no chão”, disse o porta-voz.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou em comunicado oficial nesta quarta também que vai intensificar os ataques às forças de Kadafi. A afirmação ocorreu depois de uma reunião com integrantes do CNT (Conselho Nacional de Transição), órgão que representa os rebeldes e que instaurou um governo paralelo na cidade de Benghazi, segunda maior do país.
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No comunicado oficial, o governo da França não esclarece como se daria essa intensificação de ataques na Líbia. Segundo o texto, a oposição se comprometeu a construir a democracia “pela via das urnas, não sobre um tanque de guerra”.
Na terça-feira, o Reino Unido anunciou o envio de um grupo de militares para prestar apoio logístico e de inteligência e treinar os rebeldes em Benghazi. O ministro britânico do Exterior, William Hague, descreveu os objetivos da missão como “melhorar as estruturas de organização, comunicação e logística” dos rebeldes.
Para o ministro líbio do exterior, Abdul Ati Al-Obeidi, a presença de pessoal militar estrangeiro no país representa um “passo atrás” no caminho para a paz. O ministro apoiou o plano da União Africana – rejeitado pela oposição – que propõe um cessar-fogo e um prazo de seis meses para a realização de eleições, sob supervisão da ONU.
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