O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, reconheceu nesta terça-feira (15/03) que não convenceu seus parceiros do G8 (França, Estados Unidos, Rússia, Alemanha, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão) sobre a necessidade de uma intervenção militar na Líbia.
Juppé lamentou a falta de apoio à iniciativa francesa de realizar uma operação militar, e disse que a situação atual das forças em conflito “nos mostra que talvez tenhamos deixado passar uma oportunidade de restabelecer o equilíbrio” na Líbia.
“Não temos hoje os meios militares porque a comunidade internacional não decidiu adotar esse mecanismo”, afirmou Juppé. “Se tivéssemos utilizado a força militar na semana passada para neutralizar um certo número de pistas de aviação e as várias dezenas de aviões de que dispõem (as forças leais a Kadafi), talvez o giro que se produziu em detrimento da oposição não tivesse ocorrido”.
Leia mais:
O destino das revoltas árabes está no reino do petróleo
Forças leais a Kadafi bombardeiam Brega
Forças de Kadafi recuperam cidade de Brega, diz TV líbia
França declara apoio a conselho nacional rebelde da Líbia
Kadafi denuncia complô colonialista e descarta negociar com rebeldes
Parlamento Europeu e rebeldes da Líbia pressionam por exclusão aérea no país
Forças de Kadafi bombardeiam Ajdabiya e assumem controle de Zuwarah, segundo morador
Os parceiros do G8, porém, concordaram que devem ser adotadas medidas para a aplicação de sanções à Líbia. Também decidiram buscar o apoio dos países árabes e africanos para adotar as ações. Mas não houve definição sobre essas medidas.
Os representantes da França e da Inglaterra propuseram o debate sobre a imposição de uma zona de exclusão aérea ou de interdição, na tentativa de fragilizar os embates liderados pelas forças do presidente Muamar Kadafi.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL