Os deputados do partido conservador Os Republicanos apresentaram nesta terça-feira (24/07) uma moção de censura contra o presidente francês Emmanuel Macron após um escândalo envolvendo um funcionário do palácio do Eliseu durante as tradicionais manifestações de 1º de maio.
O ex-chefe de segurança do Parlamento francês Alexandre Benalla foi flagrado, fora de seu horário de trabalho, agredindo manifestantes. O caso passou a repercutir na imprensa do país após câmeras de segurança comprovarem a autoria de Benalla nas agressões.
O partido afirma que o gabinete de Macron falhou por não punir de forma suficiente o segurança, além de não encaminhá-lo às autoridades judiciais. “O governo falhou e deve ser responsabilizado diante do Parlamento”, afirmou o líder do partido, Christian Jacob, durante entrevista coletiva.
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Segundo o ministro do Interior, Gérard Collomb, nenhuma medida foi tomada contra Benalla porque a Presidência lhe garantiu que o ex-chefe de segurança seria punido no dia 2 de maio. O guarda-costas, no entanto, só foi demitido na última sexta-feira (20/07), mais de dois meses após o ocorrido.
“Escorregada individual”
O primeiro-ministro da França, Edouard Philippe, afirmou nesta terça-feira que o governo de Macron não deve ser responsabilizado, pois o caso se trata de uma “escorregada individual”. “Uma escorregada individual por parte desta pessoa encarregada da segurança não o transforma em um assunto de Estado”, afirmou. O premiê não negou, no entanto, que as sanções aplicadas a Benalla após as agressões devam ser discutidas.
A votação ainda não tem data marcada, mas deve ocorrer já na semana que vem.