Atualizada às 16h22
A polícia francesa matou no começo da noite desta sexta-feira (09/01), tarde no Brasil, os dois suspeitos pelo atentado à revista Charlie Hebdo na última quarta (07/01), após invadir o local onde os dois estavam cercados, na cidade de Dammartin-en-Goële, próxima a Paris. A ação ocorreu ao mesmo tempo em que as forças de segurança entraram no mercado kosher no leste da capital, onde um homem armado faz pelo menos cinco reféns. Ele também foi morto.
Os suspeitos de terem executado o atentado – que deixou 12 mortos – eram os irmãos Said e Chérif Kouachi – também mantinham um refém na gráfica onde estavam, e as primeiras informações após a ação davam conta de que ele estaria bem. No entanto, de acordo com o jornal Le Figaro, quatro dos cinco reféns que estavam no mercado, em Porte de Vincennes, teriam morrido.
Efe
Polícia prepara cerco a gráfica onde suspeitos de ataque estavam, em Dammartin-en-Goële
“Gostaria de exprimir minha gratidão àqueles e àquelas que se expuseram ao perigo de suas vidas nessa situação tão complicada. Quero exprimir meu reconhecimento – em nome de todos os franceses – a esses policiais que reagiram com grande profissionalismo e coragem”, declarou na tarde desta sexta o ministro do Interior, Bernard Cazaneuve, em coletiva. “A eficácia de nossa operação está em curso na melhor condição possível”, completou.
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A informação das mortes dos dois irmãos foi confirmada à emissora CNN pelo prefeito de Dammartin-en-Goële.
#LaImagen Así fueron liberadas las personas secuestradas por terroristas en una tienda de París #CharlieHebdo pic.twitter.com/XNe5NQ0pYJ
— Globovisión (@globovision) 9. Januar 2015
Amedy Coulibaly, o homem que, segundo a polícia, mantinha as pessoas reféns no mercado Hyper Cacher, estava armado com um fuzil Kalashnikov. Ele seria, possivelmente, o mesmo responsável pelo caso da policial morta a tiros nesta quinta-feira (08/01). Autoridades francesas já relacionam os dois casos ao ataque à sede da revista.
A namorada de Coulibaly, Hayat Boumeddiene, que teria participado com ele do tiroteio que matou a policial na quinta, está foragida.
Lista de procurados
Os dois irmãos estavam há anos na lista de suspeitos de terrorismo dos Estados Unidos, por isso seus nomes também aparecem entre os indivíduos que estão proibidos de embarcar em aviões comerciais com destino e saída nos EUA, segundo as fontes oficiais citadas pelo New York Times.
Os irmãos Kouachi foram acompanhados de perto durante uma década pelas autoridades francesas e americanas. Chérif — o mais novo — chamou a atenção da França há dez anos e foi detido em 2005 quando se preparava para ir à Síria, a primeira etapa de uma viagem que o levaria ao Iraque, acrescentaram as fontes do jornal nova-iorquino. Em 2008, Chérif foi condenado a três anos de prisão por participar de uma rede de recrutamento de jihadistas.