As autoridades sanitárias francesas anunciaram nesta sexta-feira (30/12) que 20 mulheres com implantes mamários PIP (Poly Implant Prothèse) declararam ter câncer, segundo a agência regulatória da França
“Não foi estabelecido nenhum vínculo entre esses casos de câncer e os implantes”, que foram retirados da França por seus riscos para a saúde porque podem se romper.
Segundo essa agência, foram registrados 3 casos de linfoma, 15 de adenocarcinoma de mama, um caso de adenocarcinoma de pulmão e uma leucemia mieloblástica aguda.
Até 16 desses casos apresentam tumores cancerígenos de mama e outros quatro tumores cancerígenos que não afetam os seios, segundo a AFSSAPS, que também contabiliza 1.143 rupturas de implantes e 495 reações inflamatórias.
Além disso, nas 672 intervenções preventivas que foram praticadas para retirar os implantes foram constatadas 23 rupturas, acrescentou a agência.
Na França se acumulam até agora 2.200 denúncias contra a PIP, das 30 mil pacientes que implantaram estas próteses, enquanto a liquidação judicial da empresa deixou na rua cerca de 100 trabalhadores.
O fundador da empresa, Jean-Claude Mas, de 72 anos, enfrenta duas investigações judiciais por fraude.
Após detectar problemas nos implantes, o Governo recomendou às francesas que tirassem as próteses e se comprometeu a pagar a extração, mas só financiará a colocação de novas próteses nos casos em que o motivo seja médico e não estético.
No total, estima-se que entre 400 e 500 mil mulheres usem esses implantes no mundo todo. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) disse na quinta-feira que cancelaria o registro das próteses de silicone para seios da PIP no Brasil.
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