Apesar da regra que proíbe a entrega póstuma da premiação, a Fundação Nobel decidiu manter a concessão do prêmio de Medicina ao pesquisador canadense Ralph M. Steinman, que morreu na última sexta-feira (03/10). Ele foi laureado juntamente com o norte-americano Bruce A. Beutler e o francês Jules A. Hoffmann por suas contribuições ao estudo do sistema imunológico.
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A notícia do falecimento de Steinman, vítima de um câncer aos 68 anos, foi divulgada poucas horas depois do anúncio do prêmio. Por isso, a Fundação Nobel considerou que agiu “de boa fé” e respeitando o espírito do prêmio.
O estatuto da fundação proíbe que uma pessoa seja premiada post mortem, a não ser que tenha falecido no período entre o anúncio e a entrega do prêmio.
O Comitê Nobel de Medicina e Fisiologia anunciou nesta segunda-feira os vencedores deste ano às 6h30 (de Brasília), e o reitor da Universidade Rockefeller (EUA), onde Steinman lecionava, não comunicou sua morte até três horas depois.
A universidade norte-americana havia sido informada sobre o falecimento também nesta segunda, pela família do cientista.
Os feitos são “únicos” e “sem precedentes” na centenária história do Nobel, ressaltou em comunicado a fundação, que defendeu a concessão do prêmio em virtude de uma “interpretação do propósito” da norma de não premiar postumamente.
“O propósito (…) é deixar claro que o Nobel não deve ser entregue deliberadamente de forma póstuma. No entanto, a decisão de distinguir Ralph Steinman com o prêmio foi feita de boa fé, baseada na suposição de que o laureado estava vivo”, diz o comunicado da Fundação.
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