A cerimônia em tributo a Nelson Mandela, que aconteceu nesta terça-feira (10/12), em Johanesburgo, foi o principal destaque desta semana em Opera Mundi. Cerca de 100 chefes de Estado ou governo, atuais ou seus antecessores, compareceram ao evento no estádio Soccer City, onde Mandela fez sua última aparição pública.
Diversos líderes discursaram na ocasião, incluindo a presidente Dilma Rousseff, que declarou que “Mandela deixou lições para todos que buscam a liberdade”. O presidente norte-americano, Barack Obama, também discursou e protagonizou um dos momentos mais comentados da cerimônia: um aperto de mão com o presidente de Cuba, Raúl Castro, com quem os Estados Unidos não mantêm relações amistosas.
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Obama cumprimenta o presidente de Cuba, Raúl Castro, durante cerimônia de homenagem a Nelson Mandela
Raúl Castro, durante seu discurso, lembrou a amizade de Mandela com seu irmão, Fidel Castro, e afirmou que o ex-presidente “era um exemplo de integridade e perseverança”. Ele também visitou o caixão de Nelson Mandela, que depois da cerimônia oficial seguiu para a capela do Union Building, sede do governo sul-africano, onde deve ser velado até à tarde desta sexta-feira (13/12), antes de seguir para Qunu, vilarejo onde Mandela cresceu e local onde será sepultado.
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Também na terça-feira (10/12) o Senado do Uruguai aprovou a venda e o cultivo da maconha no país. Agora a medida precisa ser sancionada pelo presidente, José Mujica, um dos maiores defensores da legalização. Após a aprovação, a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), por meio de seu presidente Raymond Yans, afirmou que a nova lei viola tratados internacionais assinados pelo Uruguai junto a ONU e que o país não dialogou com a Jife. O presidente uruguaio respondeu a declaração, pedindo que Raymond Yans “não minta”.
Agência Efe
“Diga a esse velho que não minta”, afirmou José Mujica sobre chefe de órgão antidrogas da ONU
Última pesquisa de intenção de voto divulgada antes do segundo turno das eleições para a presidência do Chile dá vitória a Michelle Bachelet, candidata opositora. Evelyn Mathei, a rival de Bachelet no pleito, criticou a reforma constitucional, uma das promessas de Bachelet para o governo, durante encerramento da campanha.
A Procuradoria-Geral da Colômbia destituiu o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, no início da semana, e o desabilitou para exercer funções públicas durante 15 anos. Ele é acusado de má gestão e problemas na coleta de lixo. As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) consideraram a decisão “outro grave golpe contra o processo de paz”, já que Petro fazia parte do processo de diálogo com a organização.
Na Ucrânia, os protestos antigoverno continuaram pela terceira semana seguida. As manifestações começaram após o presidente ucraniano recusar um acordo comercial com a União Europeia (EU). Durante esta semana, após forte pressão popular, o governo voltou a dialogar com a organização. A Ucrânia também anunciou um pacto comercial com a Rússia, que deve ser assinado no dia 17 de dezembro. A recusa a UE e a aproximação com o governo russo motivaram os atos.