Um fuzileiro naval norte-americano chamou atenção no último domingo (15/10) em Nova York, ao protestar contra uma suposta agressão de policiais contra integrantes do movimento 'Occupy Wall Street'. O sargento Shamar Thomas, que serviu no Iraque, fez frente a um grupo de aproximadamente trinta oficiais em uma tentativa de proteger os cidadãos e, em tom de desafio, conclamou os integrantes das forças de segurança a agirem com respeito.
Leia mais:
Maioria dos nova-iorquinos apoia o 'Occupy Wall Street', aponta pesquisa
Movimento 'Occupy Wall Street' comemora permanência em praça de Nova York
Manifestantes do movimento 'Ocupar Wall Street' serão obrigados a deixar parque em Manhattan
A tinta vermelha: o discurso de Slavoj Zizek no Occupy Wall Street
O Estado, a crise e os bancos
A cena foi registrada em vídeo e já conta com cerca de meio milhão de acessos na internet. As informações são da revista portuguesa O Público.
“Como vocês dormem à noite? Não há honra nisso (…) Parem de agredir as pessoas. O que vocês estão fazendo. Servi 14 meses para o Iraque pelo meu povo e vocês chegam aqui e espancam eles? Eles não têm armas”. Shamar faz menção ao passado de sua família – o pai serviu no Afeganistão e a mão no Iraque, enquanto seu avô teria servido no Vietnã.
Leia mais:
Centenas de “indignados” acampam em frente à catedral de São Paulo em Londres
Indignados de todo o mundo se mobilizam contra a crise
Galeria de imagens: indignados mostram sua revolta por todo o mundo
“Esta não é uma zona de guerra. São pessoas honradas. Bater nelas não vai fazer de vocês mais durões”, bradou o militar. “Se vocês querem lutar, vão ao Iraque ou ao Afeganistão. Eles são cidadãos norte-americanos!”, disse Shamar, repetindo a última frase várias vezes, no momento em que o público passou a se aglutinar ao seu redor, enquanto os policias estavam visivelmente constrangidos. Ao mesmo tempo em que lembrava as recentes intervenções militares norte-americanas em solo estrangeiro, ele pedia para que os policiais não usassem de violência contra pessoas desarmadas.
Em nenhum momento de seu protesto, algum policial tentou conversar com ele, apenas tentavam dispersar a multidão. Quando perguntado pelas pessoas sobre a razão de sua reação, ele afirmou ter visto pessoas que não tinham nada a ver com qualquer distúrbio sendo agredidas indiscriminadamente. Ao fim de seu protesto pessoal, Shamar foi ovacionado pelo público.
Siga o Opera Mundi o Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL