Atualizado às 9h06
O G7 (grupo formado por Alemanha, Estados Unidos, Itália, Canadá, França, Japão e a União Europeia) rejeitaram nesta terça-feira (11/04) impor novas sanções à Rússia – país que fazia parte da agremiação até ocupar a Crimeia, em 2014 – por conta do apoio de Moscou ao presidente sírio Bashar al-Assad.
A proposta, apresentada pelo chanceler britânico, Boris Johnson, foi rejeitada “por falta de consenso”, segundo o ministro de Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano. “No momento, não se conseguiu um consenso para novas sanções como instrumento efetivo”, afirmou. A ideia de Londres era impor, a princípio, restrições a militares russos.
Agência Efe
Em sentido anti-horário: Tillerson, Johnson e o alemão Sigmar Gabriel na reunião do G7, na Itália
NULL
NULL
Por sua vez, o chanceler francês, Jean-Marc Ayrault, afirmou que o G7 tomou como posição de que “não há solução para a Síria” enquanto Assad estiver no poder.
O encontro ocorre em Sant'Anna di Stazema, na província de Lucca, na região da Toscana, na Itália, e foi convocado neste fim de semana por Alfano, por conta do suposto ataque químico na Síria, na semana passada, que levou Washington a bombardear alvos militares no país. Os Estados Unidos, assim como Alemanha e França, apontam Assad como responsável pelo ataque.
Segundo o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, Washington considera que o ataque “foi necessário pelos interesses de segurança internacional dos EUA”. “Nós não queremos que o estoque sem controle de armas químicas do regime caia nas mãos do Estado Islâmico ou outros grupos terroristas que poderiam e querem atacar os EUA ou nossos aliados”, disse.
Tillerson viaja ainda nesta terça para Moscou, onde se encontrará com o chanceler russo, Sergei Lavrov, e existe a possibilidade de uma reunião com o presidente do país, Vladmir Putin. A Rússia condenou o ataque norte-americano, chamando-o de “ato de agressão”.
Além do encontro do G7 de hoje, será realizada ainda nesta terça outra reunião, que contará com representantes de Arábia Saudita, Turquia, Jordânia e Emirados Árabes Unidos.