O governo nigeriano afirmou nesta quinta-feira (10/07) que vários políticos nigerianos estão sendo investigados por uma suposta ligação com a organização islamita Boko Haram.
Efe
Maioria das 200 garotas sequestradas permanece em local desconhecido
O coordenador do Centro Nacional de Informação, Mike Omeri, declarou à imprensa local que a investigação foi iniciada após as forças de segurança terem encontrado documentos desses políticos em uma instalação do grupo armado no estado de Bauchi, no norte do país.
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A operação foi realizada em meio às buscas das mais de 200 garotas que foram sequestradas pelo Boko Haram no último dia 14 de abril. Na segunda-feira (07/07), 63 meninas conseguiram escapar do cativeiro. O grupo tem realizado diversos atos em todo o país que resultaram em centenas de mortes.
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Também foram apresentados documentos que comprometem figuras de alto nível de um importante partido da região, acrescentou Omeri sem oferecer mais detalhes como nomes dos envolvidos. Ele garantiu, no entanto, que assim que houver uma conclusão, os nomes serão revelados.
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Uma ampla campanha para o resgate das meninas sequestradas tem sido realizada no país. A porta-voz do Serviço de Segurança, Marilyn Ogar, no entanto, acusou integrantes do movimento Bring Back Our Girls (“Tragam nossas garotas de volta”) de prejudicar o Exército enquanto fazem atos para que as alunas sejam resgatadas.
O Boko Haram, que significa “a educação ocidental é pecado” luta para impor um Estado islâmico na Nigéria — país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul. Segundo autoridades nigerianas, o grupo foi responsável pela morte de 12 mil pessoas, além de ter deixado mais de oito mil feridos nos últimos cinco anos.