O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, expressou nesta sexta-feira (31/12) sua “profunda tristeza e pesar” pela decisão do presidente Luís Inácio Lula da Silva, de não conceder a extradição ao ex-militante italiano Cesare Battisti condenado à prisão perpétua em seu país.
“Expresso profunda tristeza e pear pela decisão do presidente Lula de negar a extradição do homicida Cesare Battisti apesar dos insistentes pedidos e solicitações de todos os níveis por parte da Itália”, afirmou Berlusconi em uma nota divulgada nesta sexta-feira (31/12) pelo Palazzo Chigi, sede do governo italiano.
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Para ele, a escolha de Lula foi “contrária ao sentido de justiça mais elementar”. “Expresso aos familiares das vítimas, toda a minha solidariedade, a minha aproximação e compromisso em continuar com a batalha para que o Battisti seja entregue à justiça italiana”, destaca o premier.
Já o ministro da Defesa, Ignazio La Russa, disse em entrevista à agência de notícias italiana Ansa, que “se realizou a pior previsão” sobre o caso e garantiu que a Itália não deixará de tentar no plano jurídico e sobre qualquer outro aspecto permitido por lei, para que o Brasil volte atrás nesta decisão.
“Por sorte não é uma decisão definitiva, que além de ser injusta e gravemente ofensiva para a Itália, é sobretudo para a memória das pessoas assassinadas e para a dor dos familiares de todos aqueles que perderam a vida por responsabilidade do assassino [Cesare] Battisti”, afirmou o ministro italiano.
De acordo com a Ansa, o ministro das Relações Exteriores, Franco Frattini, solicitou ao Embaixador italiano no Brasil, Gherardo La Francesca, entregar para a futura presidente brasileira, Dilma Rousseff , na sua posse, uma mensagem na “qual se afirma a determinação do governo italiano de realizar todas as possíveis vias legais para obter a extradição à Itália de Battisti, além do nosso grande desejo de que a nova Presidente possa rever a decisão do seu antecessor e se alinhe à sentença do Tribunal Superior Federal”.
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