Os governos dos Estados Unidos e da Bolívia assinaram um convênio de “respeito mútuo” que permitirá que os países normalizem suas relações bilaterais, estremecidas em 2008 depois da expulsão de seus respectivos embaixadores.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia, o vice-chanceler Juan Carlos Alurralde e a subsecretária norte-americana de Estado para a Democracia e Assuntos Globais, María Otero, assinaram em Washington um “Convênio Marco de Relações Bilaterais de Mútuo Respeito”.
O documento estabelece, entre outros aspectos, o compromisso de fortalecer e aprofundar as relações bilaterais, o respeito pela soberania e integridade territorial de ambos os Estados, a promoção do desenvolvimento humano, econômico, social e cultural de uma maneira ambientalmente sustentável.
O texto ainda trata da luta contra o narcotráfico e prevê o apoio a “ações eficazes de cooperação contra a produção e o tráfico ilícito de drogas, baseadas na responsabilidade compartilhada”.
O convênio ainda estipula uma melhoria na cooperação judicial e nas relações comerciais entre ambos os países, por meio de um Conselho de Comércio e Investimentos.
Além disso, ambos os governos concordaram em criar uma comissão mista que trabalhará para concretizar os objetivos propostos.
A declaração conjunta de Alurralde e Otero também aponta para a esperança do “pronto retorno de embaixadores de ambos os países”.
Em setembro de 2008, o presidente Evo Morales expulsou o embaixador dos Estados Unidos, Philip Goldberg, depois de acusá-lo de ingerência na política interna. Em resposta, a Casa Branca expulsou o embaixador boliviano em Washington, Gustavo Guzmán. Pouco depois, o governo norte-americano eliminou a Bolívia do sistema de preferências aduaneiras dos países latinos que colaboram na luta contra o narcotráfico.
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