“Estamos extremamente satisfeitos com o resultado conquistado na troca de bônus da PSI e estendemos nosso agradecimento a todos os credores que responderam positivamente ao nosso convite”, disse nesta quarta-feira o ministro das Finanças, Filippos Sachinidis, em comunicado.
Com tudo, avisou que o país “ainda enfrenta grandes desafios para restaurar a estabilidade e o crescimento” da economia, por isso que pediu aos credores que mantenham “seu esforço e apoio” à Grécia.
No total, a oferta de reestruturação afetava 205,5 bilhões, dos mais de 360 bilhões de euros aos quais ascende a dívida grega.
A troca foi feita por bônus depreciados a 31,5% de seu valor, mais títulos europeus a 15% de seu valor, embora mais seguros para o investimento do que seus antecessores helenos, já que estão protegidos pela legislação britânica.
O processo ocorreu em duas partes: por um lado, os bônus emitidos sob soberania grega, que representaram 177 bilhões de euros, e por outro, 28,5 bilhões de euros em títulos helênicos sob legislação britânica, norte-americana, japonesa, francesa e suíça, assim como parte menor em títulos emitidos por empresas estatais gregas.
Esses 177 bilhões de euros foram trocados entre os dias 8 e 12 de março, pois 85% desses detentores de bônus aceitaram receber o perdão de forma voluntária e os demais foram obrigados a participar da troca através da ativação das chamadas CAC (Cláusulas de Ação Coletiva).
No caso dos bônus sob legislação estrangeira, o governo grego não tinha poder para utilizar as CAC, por isso precisou dar mais tempo para que o número de participantes fosse maior, ampliando o prazo de sua oferta em duas ocasiões.
Em princípio, as instituições que detinham os 20 bilhões de euros destes bônus fora da legislação grega deram sua aprovação à PSI em março. Desde então, os gastos de só 2 bilhões euros se somaram à troca, por isso que finalmente o governo decidiu dar por concluído o processo.
Ao todo, credores com 199 bilhões de euros em dívida grega procederam à troca (96,9%) o que representa que o Estado grego apague mais de 106 bilhões de euros de sua dívida soberana.
No entanto, as contas de dívida voltarão a aumentar com o novo empréstimo da UE (União Europeia) e o FMI (Fundo Monetário Internacional) no valor de 130 bilhões de euros que, em sua maioria, serão destinados à capitalização das perdas que os bancos sofreram devido ao perdão e ao pagamento de juros e manutenções da dívida.
NULL
NULL