Nesta terça-feira (01/02), os principais grupos da oposição egípcia rejeitaram a proposta do presidente do país, Hosni Mubarak, de dialogar com as forças políticas e tentar propor reformas constitucionais.
A Irmandade Muçulmana, a maior força opositora no país, recusaram categoricamente conversar com o regime que consideram já “não tem nenhum valor”.
“O pedido principal de todo o povo continua sendo a derrocada do regime de Mubarak”, disse à Agência Efe Gamal Nassar, um porta-voz desta formação ilegal. Para Nassar, o regime de Mubarak “está perdendo tempo” com estas propostas que “chegaram muito tarde”.
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Milhares de membros deste grupo chegaram segunda-feira (31/01) à noite a partir de diversas províncias do país para participar da manifestação em massa convocada para esta terça na cêntrica praça de Tahrir, revelou Nassar.
Mubarak encarregou na segunda o vice-presidente do país, Omar Suleiman, de abrir diálogo com as forças políticas egípcias para estudar possíveis reformas da Constituição, como anunciou este último em um discurso pela televisão.
A mesma postura de rejeição ao diálogo com Suleiman tem a Assembleia Nacional para a Mudança, que apoia o Nobel da Paz Mohamed El Baradei e considera a proposta de Mubarak “sem valor”, disse Hassan Nafae, um dos dirigentes do grupo. “A proposta é uma tentativa mais para conter a revolução, mas a pressão continuará na rua para derrubar o regime de Mubarak”, afirmou Nafae.
Milhares de pessoas reivindicam há uma semana nas ruas das principais cidades egípcias que Mubarak deixe o poder e convoque eleições livres.
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