Um deslizamento de terras ocorrido no município de Santa Catarina Pinula, a cerca de 15 quilômetros da capital Cidade da Guatemala, na Guatemala, deixou 263 mortos, segundo a última contagem, e cerca de 374 pessoas desaparecidas, de acordo com informação divulgada neste domingo (11/10) pelas autoridades de socorro do país.
O acidente, ocorrido no dia 1º de outubro, é considerado um dos maiores desastres recentes da América Central, tendo soterrado 125 casas. O número total de desaparecidos é uma estimativa, uma vez que a ocupação do local era irregular.
Agência Efe
Presidente do país afirmou que vai se empenhar pessoalmente para garantir casa para os afetados
Devido à situação, centenas de casas em áreas de risco foram evacuadas e 386 pessoas tiveram que ser abrigadas em diversos pontos da cidade.
Ecologistas guatemaltecos consideram que a responsabilidade pela tragédia é das autoridades locais que permitiram a construção de casas em regiões afetadas por deslizamentos.
As autoridades do país estudam a viabilidade de manter as buscas ao longo desta semana diante dos riscos para a segurança das pessoas que estão trabalhando no local, uma vez que é grande a possibilidade de um novo deslizamento.
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Na semana passada, o presidente guatemalteco, Alejandro Maldonado, anunciou que serão construídas novas casas para as pessoas afetadas pela tragédia.
O deslizamento, ocorrido na aldeia de Cambray II teve origem devido à erosão de uma montanha próxima que, ao ceder, arrastou terra e escombros sobre as casas.
Vulneráveis
Calcula-se que até 300 mil pessoas na região metropolitana da capital vivam em condições similares às de Santa Catarina Pinula.
Agência Efe
Socorristas mexicanos foram enviados à Guatemala para ajudar no resgate
Os assentamentos considerados “de risco”, localizados em barrancos ou ladeiras de terra instável, chegam a 230 na região.
No último ano, a temporada de chuvas, de maio a novembro, provocou a morte de 29 pessoas a afetou cerca de 10 mil casas.
De acordo com um informe da ONU, a Guatemala é um dos cinco países mais vulneráveis a tragédias naturais no mundo e o primeiro na América Latina. Sua localização geográfica, sobre três placas tectônicas – Caribe, Cocos e Norte-Americana –, na rota de furacões tanto do oceano Pacífico, quanto Atlântico e uma cadeia de vulcões ativos, além de um desmatamento incontrolado, a colocam nessa posição.