Ao menos 61 pessoas morreram e outras 70 ficaram feridas nesta segunda-feira (21/05) em um atentado suicida em meio a uma apresentação militar no sul de Sanaa, capital do país. contra um grupo de soldados. Segundo fontes policiais, o ataque ocorreu quando soldados da unidade da Segurança Central preparavam um desfile na praça de Sabein. Ele teria sido provocado por um homem-bomba disfarçado com um uniforme militar.
De acordo com agências de notícias internacionais, o número de vítimas pode aumentar substancialmente, atingindo a casa de centenas.
O ministro da Defesa, Mohamed Nasser Ahmad, e o chefe do Estado-Maior, Ali al Ashual, que estavam na praça no momento da explosão, saíram ilesos do ataque, anunciou o Ministério da Defesa em comunicado.
Vários oficiais que presenciaram o ataque disseram que o suicida detonou um cinto de explosivos encostado a seu corpo no meio de um grupo de soldados da unidade de Segurança Central, quando estes finalizavam os ensaios para um desfile.
A polícia cercou os acessos à região, que foi isolada pelas autoridades. De acordo com as agências de notícias internacionais, no local ainda é visível a presença de restos mortais das vítimas pelo chão, além da presença de uma grande mancha de cinzas.
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“Estávamos num desfile, de repente houve uma explosão enorme. Dezenas dos nossos homens morreram. Nós tentamos ajudá-los”, disse um homem que identificou-se como coronel Amin al-Alghabati, com as mãos e o uniforme sujos de sangue.
Um oficial da polícia, general Hamid Besher, disse que as primeiras investigações apontam para que o grupo terrorista Al Qaeda esteja por trás deste atentado, que leva o selo desta organização.
Está previsto que amanhã se realize na praça de Sabein um ato para celebrar o 22º aniversário da unificação do Iêmen, ao qual espera-se que participem o presidente do país, Abdo Rabbo Mansour Hadi, e outros altos cargos.
O lugar fica próximo ao palácio presidencial e do bairro nobre de Al Sefarat.
Este atentado coincide com o desenvolvimento de uma grande ofensiva militar no sul do país, iniciada no último dia 12 contra os redutos da Al Qaeda na província de Abian.
Na última semana, dezenas de pessoas, entre militares e supostos combatentes, perderam a vida nos combates.
A atividade da Al Qaeda aumentou no Iêmen desde que, há mais de um ano, explodiu a revolta popular contra o regime de Ali Abdullah Saleh, cuja saída definitiva do poder aconteceu no final de fevereiro passado com a posse de Abd Mansur al Hadi, que até então tinha sido seu vice-presidente.
(*) com agências de notícias internacionais