Homossexuais serão expulsos dos corpos militares da Turquia como uma punição por suas “escolhas de estilo de vida”. Essa é uma das propostas do novo texto de regulação das Forças Armadas do país, que deve ser apresentado nesta segunda-feira (26/11) pelo ministro de Defesa, Ismet Yilmaz, às autoridades locais.
De acordo com o rascunho citado pelo jornal local Hurriyet Daily News, o novo código militar vai classificar homossexualismo da mesma maneira que assassinatos, fraudes e subornos, como “iminência antinatural”.
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Além da exoneração, os oficiais que assumirem sua opção sexual como gays podem ter de enfrentar outras penas e advertências como corte de salários ou impossibilidade de promoção na carreira, segundo informações da Agência Efe.
Assim como pessoas doentes ou inválidas, homens abertamente homossexuais já podem se eximir do serviço militar obrigatório no país. No entanto, para provar sua opção sexual, estes jovens são submetidos a ordens humilhantes e perguntas inquisitórias, segundo revelou a imprensa local em março deste ano.
Em entrevista a rede britânica BBC, o general aposentado Armagan Kuloglu explicou que os gays podem causar “problemas disciplinares” e criar despesas extras como “instalações separadas, dormitórios separados, chuveiros e áreas de treino”. De acordo com o oficial, homossexuais que quiserem permanecer no serviço militar, devem esconder sua opção sexual.
O serviço de saúde militar ainda define homossexualismo como uma doença.