O vencedor do primeiro turno das eleições presidenciais no Peru, Ollanta Humala, afirmou que a democracia e o crescimento econômico de seu país não estão “em risco”.
De acordo com Humala, que vai concorrer no segundo turno com a candidata Keiko Fujimori, o Peru é suficientemente “sólido” para enfrentar qualquer tipo de rumores contra seu plano de governo.
A declaração do candidato, que é da legenda nacionalista esquerdista Ganha Peru, ocorre depois de investidores internacionais e uma parcela da população temerem que um possível governo de Humala siga o projeto do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de implantar o “Socialismo do século XXI”.
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Em entrevista a emissoras peruanas sobre a campanha para o segundo turno, Humala declarou estar disposto a chegar a “consensos” com os opositores.
Segundo ele, sua atenção agora está voltada ao segundo turno do pleito, e não para a formação de um possível “gabinete”, conforme especulações de que o esquerdista estaria à procura de alianças para montar seu ministério.
“São especulações, essa seria uma falta de respeito com o povo peruano”, disse Humala.
Ele garantiu que, caso assuma o governo, vai promover o crescimento econômico e “defender os interesses nacionais” diante da Corte Internacional de Justiça, em Haia, na qual corre um processo sobre o limite marítimo entre Peru e Chile.
Humala afirmou, no entanto, desejar ter “relações muito boas” com os países vizinhos e reiterou seu plano de melhorar a distribuição de renda no Peru, tendo como exemplo o Brasil, onde calcula-se que 28 milhões de pessoas deixaram de ser considerada miseráveis nos últimos oito anos.
O segundo turno das eleições está marcado para 5 de junho. Humala vai enfrentar Keiko, da aliança Força 2011, que é filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000). O ex-mandatário está preso por corrupção e violações aos direitos humanos.
“Não podemos permitir que o Peru continue tolerando a corrupção e a violação dos direitos humanos. Precisamos recuperar a autoridade”, disse Humala, criticando sua adversária.
No primeiro turno, realizado no último domingo, Humala obteve 32% dos votos válidos, segundo dados divulgados pelo Escritório Nacional de Processos Eleitorais (Onpe), com 91% das urnas apuradas.
Em segundo lugar, ficou Keiko Fujimori, com 23%, seguida pelo ex-ministro da Economia Pedro Pablo Kuczynski, com 19%. O ex-presidente do Peru Alejandro Toledo obteve 15%, e o ex-prefeito de Lima Luis Castañeda, 10%.
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