O candidato nacionalista de esquerda, Ollanta Humala,
vencedor do primeiro turno das eleições peruanas com cerca de 30,9% dos
votos, e que disputará com a parlamentar Keiko Fujimori a Presidência
do país no segundo turno, declarou nesta terça-feira (12/04) que, caso
seja eleito, fortalecerá as relações com os Estados Unidos.
“Temos que promover uma nova guinada, de acordo com o século XXI.
Que nossas relações sejam mais transparentes, mais francas, com
reciprocidade e entendendo que os EUA são um dos parceiros comerciais
mais importantes do Peru”, disse em entrevista para a RCN Radio.
Humala garantiu que a possível aproximação não significará uma
mudança no modelo econômico em vigor e convidou os investidores
internacoonais a investir no Peru e resolver a “instabilidade social” do
país.
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“Não planejamos uma mudança no modelo econômico. Há uma má
distribuição da riqueza, mas o Peru é um país com muito potencial. Essa
má distribuição gera um problema sério: não permite a transformação do
modelo econômico e afeta a qualidade de vida das famílias peruanas. Isso
deve ser corrigido”, afirmou.
O candidato a sucessão de Alan García prometeu ainda “construir seu
próprio caminho”, tendo como base o respeito a todos os países e suas
soberanias. “Temos que entender que cada país tem sua própria dinâmica,
por isso nos comprometemos a não nos intrometer nos assuntos de outros
Estados”, garantiu.
Críticas
Questionado sobre a frase do escritor e Prêmio
Nobel da Paz Mario Vargas Llosa, que disse que os peruanos teriam que
escolher “entre o câncer e a AIDS”, em referência a Humala e Fujimori, o
candidato da coligação Ganha Peru disse que não se sentiu ofendido.
“Temos conversado com ele sobre esse assunto há anos e, na nossa
opinião as diferencas já haviam sido superadas. Não me senti ofendido”,
afirmou.
Alvo de críticas também pela comparação com o
presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e por ter utilizado o slogan 'a
esperança vai vencer o medo' durante a campanha, Humala disse que não se
incomodou com a associação.
“Estou acostumado, curtindo que todos me perguntam de Chávez. Temos
que respeitar os povos irmãos que estão encaminhando seus processos
políticos e exigir que os povos de outros países também se respeitem”,
concluiu.
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