A IFJ (Federação Internacional de Jornalistas) condenou nesta quarta-feira (07/03) as “sérias violações à liberdade de imprensa” durante as eleições realizadas na última semana na Rússia, como supostos ataques da Polícia e detenções a jornalistas que cobriam o pleito.
Em comunicado, a IFJ expressou sua rejeição aos “numerosos incidentes em todo o país”, que consistem em “ataques deliberados” a jornalistas que estavam devidamente credenciados para cobrir as eleições, alguns dos quais também foram detidos.
“Condenamos este comportamento 'de pistoleiros', e apoiamos o pedido de nossos membros na Rússia para realizar uma investigação independente sobre estes atos”, disse o presidente da IFJ, Jim Boumelha.
A União Russa de Jornalistas denunciou as detenções efetuadas na segunda-feira (05) em Moscou a profissionais que cobriam os protestos contra as irregularidades eleitorais, e acusou a Polícia de agredir vários jornalistas da imprensa nacional como The Moscow News, RIA Novosti, The New Times e TV Dozhd.
A IFJ também falou sobre a detenção no dia 1º de março na cidade russa de Pskov do enviado especial da televisão pública da Estônia ERR, Igor Taro, que foi interrogado durante sete horas e retido pelas autoridades russas até o dia seguinte apesar de contar com a autorização necessária para cobrir as eleições.
Fatos como este demonstram “uma piora” na situação pelo uso da “mão dura do governo russo contra os jornalistas”, e anunciam a intenção de “suprimir a informação independente sobre os protestos”, segundo a federação.
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